Professores e de alunos do PPgCTI participam do Cobenge 2019

Escrito por: Wagner Barboza | Publicado em: 26 de abril de 2019

A Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) esteve presente no II Seminário de Educação Empreendedora em Engenharia, promovido pela Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE). O evento, realizado nos dias 21 e 22 de março de 2019, na cidade de Curitiba / PR , contou com a participação da professora Herculana Torres e as Mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PPgCTI),  Polliana Torres e Ana  Caline  Oliveira. 

Acervo pessoal da docente Herculana Torres.

Educação empreendedora e a monitoria de Negócios Tecnológicos 

O Seminário teve como tema: “Educação Empreendedora e Formação em Engenharia: Construindo Conexões e Pontes”, e teve os seguintes objetivos de discussão:

• abrir uma arena de reflexões sobre Educação Empreendedora em Engenharia;
• elaborar proposições para a inserção da Educação Empreendedora nos cursos de graduação em Engenharia;
• fomentar a troca de experiência de trabalhos acadêmicos em Educação Empreendedora e melhores práticas;
• incentivar a construção de conexões e pontes entre educação empreendedora e a formação dos novos engenheiros no Brasil.

O trabalho apresentado pela professora Herculana relatou a experiência do grupo de monitoria da disciplina de Metodologia Científica e Tecnológica (MCT), mostrando algumas metodologias e técnicas empreendedoras na disciplina, como o Canvas e o Pitch. O quadro de modelo de negócios (Business Model Canvas) é uma ferramenta de gerenciamento estratégico, proposto por Alexander Osterwalder, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes. É um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos do modelo de negócios. Já o pitch é uma apresentação sumária, de alguns minutos, com o objetivo de conquistar o interesse da outra parte (investidor ou cliente) pelo seu negócio, sendo uma ferramenta essencial para empreendedores conseguirem investimentos para seu negócio. Os alunos desenvolvem ideias e usas as ferramentas para aprimoramento delas. A intenção é que eles saibam que as ideias desenvolvidas podem virar startups e passarem pelo processo de incubação na incubadora da ECT, inPACTA.

Além disso, no trabalho, existe um gráfico que mostra a evolução do interesse dos alunos, principalmente após o aumento do número de monitores de MCT, enfatizando a importância da participação dos monitores na utilização dessas ferramentas.

A utilização das ferramentas e a proximidade entre os monitores e os discentes contribuíram para o aumento das médias dos alunos como é apresentado no gráfico a seguir:

A importância da educação empreendedora nas engenharias foi um tema muito discutido no Cobenge. A esse respeito Herculana, comentou: “Hoje nós vivemos em uma realidade bem diferente, né? Isso foi bem discutido no seminário, que a realidade que estamos vivendo é muito diferente do que fomos formados como professor. Por exemplo, há um tempo atrás nós éramos instruídos para sermos funcionários, trabalhar em uma empresa. Hoje, conseguimos instruir os discentes para que eles sejam geradores dos seus próprios empregos através da implementação dessas ideias como startups. Estamos no início da caminhada, temos muito a fazer, mas ela já começou ea parceria com a inPACTA é fundamental.”

De modo geral, os trabalhos da ECT apresentados foram muito bem avaliados. “O feedback foi muito bom, os trabalhos da ECT foram muito evidenciados, os participantes presentes no evento ficaram impressionados como conseguimos realizar essas tarefas com uma turma de mais de 100 alunos”, relatou a professora. O evento tinha no geral 17 trabalhos e 3 eram da UFRN, respaldando o que a ECT e o PPgCTI, juntamente com a INPACTA, têm feito sobre educação empreendedora na graduação e na pós.

Participação do PPgCTI 

Outros dois trabalhos, dessa vez de duas alunas da pós-graduação PPGCTI, foram apresentados. Pollianna Torres apresentou o trabalho: ABORDAGEM EMPREENDEDORA: DESENVOLVIMENTO DO MÓDULO EMPREENDEDOR.Trata-se do desenvolvimento de uma metodologia de abordagem empreendedora para ser aplicada por docentes para mostrar aos seus alunos as possibilidades que podem ser alcançadas com o uso de ferramentas corretas, e ainda,que a educação empreendedora pode ser alcançada de forma satisfatória incentivando-os a seguir em frente com os projetos que podem ser criados e desenvolvidos em sala de aula.Como mestranda do Mestrado Profissional em Ciência, Tecnologia e Inovação (MPI), Pollianna disse que sua vivência na inPACTA foi fundamental para proporcionar a aproximação dos alunos da rede pública ao ecossistema de inovação e empreendedorismo. “A inPACTA é peça-chave para a aplicação das oficinas e metodologias. Enfim, de todas as práticas que realizamos no projeto de educação empreendedora. É possível inserir os alunos nesse universo de inovação e empreendedorismo. Na Incubadora, os estudantes da rede pública têm o contato direto com startups que estão incubadas, podendo despertar neles o interesse na criação de empreendimentos.”, afirmou.

A outra mestranda Ana Caline, apresentou o trabalho intitulado: EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO: O CENÁRIO DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS DA UFRN, que tratou-se de verificar o grau de importância da Instituição na consolidação do ecossistema de inovação. Ao focar no empreendedorismo tecnológico, foi feita uma explanação de como está o panorama de incubação de empresas na UFRN, com o objetivo de verificar o grau de eficiência de incubação de empresas. “A minha vivência na inPACTA possibilitou o conhecimento do tema empreendedorismo tecnológico, principalmente por ser um tema que antes era algo desconhecido para mim, assim despertando o interesse de entender como o empreendedorismo tecnólogo está sendo explorado na UFRN”, comentou Ana Caline.

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