Já pensou em integrar uma pesquisa sobre Comunicação em Rede Neural? O Programa de Pós-graduação em Física está com inscrições abertas!

Escrito por: Francisca Pires | Publicado em: 13 de setembro de 2021

O exame de seleção será realizado no dia 21 de novembro de 2021 e as inscrições, feitas via PPG-Física ou Plataforma EUF (Exame Unificado de Física), estarão abertas até o dia 10 de outubro de 2021. 

As Coordenações dos Programas de Pós-Graduação em Física de quinze instituições, uma delas a da UFRN, irão realizar esse exame unificado cujo resultado poderá ser utilizado como parte do processo seletivo de ingresso nos Programas de Pós-Graduação em Física das seguintes universidades e instituições brasileiras associadas ao Exame Unificado de Pós-Graduações em Física (EUF). 

As provas contemplarão cinco áreas gerais dos Programas de Graduação em Física: Mecânica Clássica; Eletromagnetismo; Física Moderna; Mecânica Quântica; Termodinâmica, Física Estatística e poderão participar da seleção, inclusive, alunos de ECT formados ou no último período. Os(as) candidatos(as) poderão realizar a prova, constituída por 40 questões,  em diversos meios eletrônicos que possibilitem acesso à internet.  As questões serão de múltipla escolha e apresentadas aos(às) candidatos(as) uma de cada vez.  Os(as) candidatos(as) devem responder a cada questão e então avançar para a seguinte, não sendo permitido retornar às questões anteriores. Uma tabela com algumas fórmulas e constantes físicas será fornecida para utilização durante a prova. Nenhuma outra forma de consulta é permitida. Outras informações poderão ser obtidas neste link. 

O professor Dr. Gustavo Zampier dos Santos Lima (ECT) faz parte do Programa de Pós Graduação em Física e é orientador de uma das linhas de pesquisa. Segundo ele, programas de pós-graduação são de fundamental importância, pois ampliam a capacidade técnico-científica nacional, responsáveis pela manutenção da ciência, através de pesquisas que respondem a diversas demandas da sociedade. Assim ele acrescenta: “A formação de recursos humanos capacitados em quantidade e em qualidade é etapa indispensável e imprescindível para o amadurecimento de áreas do conhecimento científico. Neste sentido, os cursos de pós-graduação desempenham um papel social e científico estratégico.” Seu projeto investiga a importância do acoplamento efático na comunicação neural em redes, via modelagem matemática.

Vamos conhecer um pouco mais dessa linha de pesquisa? Vale ressaltar, inclusive, que existe uma página do grupo que pode ser acessada neste link. No site é possível saber mais sobre linhas de pesquisas, publicações, pesquisadores e colaboradores

Modelagem Matemática em Comunicação Neuronal Efática

“A modelagem matemática é ferramenta vital que suporta os estudos para compreendermos melhor conceitos neurobiológicos que são difíceis ou mesmo impossíveis de se acessar em seres vivos”, explica o Prof. Gustavo. Nesse sentido, três linhas de atuação são exploradas visando o entendimento desta comunicação cerebral em redes neurais: 

  • A primeira linha busca o entendimento dos fenômenos biológicos da comunicação efática relacionado às funções neurofisiológicas. Aqui utilizamos parâmetros bem conhecidos da neurociência para simular situações extremas ou mesmo verificar comportamentos neurais frente à alguns cenários fisiológicos. 
  • A segunda linha pretende explorar propriedades dinâmicas do modelo QIF-E, tais como: transições (sincronização de fase) de regime regular/caótico via espaços de parâmetros, diagramas de bifurcações, rotas para o caos e ciclos limites. 
  • Por último, busca-se explorar os atributos do cálculo numérico do modelo QIF-E tais como: custo computacional e erro relativo em relação à complexidade biológica frente a vários cenários fisiológicos.

Segundo o professor, analisar as simulações da modelagem neuronal dará suporte para  investigar parâmetros ou compreender funções biológicos que experimentos empíricos ainda não conseguem realizar. Assim, será possível explorar tais parâmetros e cenários de forma rápida e com eficiência para nortear alguns pontos de busca no campo científico básico ou mesmo no campo clínico-médico “Por exemplo: quais mudanças na dinâmica da comunicação neurais existem em pacientes acometidos com a doença de Parkinson, e como, a partir desta compreensão, poderemos desenvolver fármacos que melhorem as condições de tais pacientes? ” Exemplifica Prof. Dr. Gustavo.

Para o professor, alunos de ECT, que sejam formados ou perto de concluir o curso, conseguem contribuir construindo e gerenciando códigos computacionais, além de possuírem competência suficiente para  aprender novos temas (como neurociência) para juntar os conhecimentos e chegar a cabo de uma pesquisa. Por isso, se você se encaixa neste perfil, não deixe essa oportunidade passar, se inscreva no programa de Mestrado de Física e participe da linha de pesquisa do professor Gustavo ou de alguma outra que desperte seu interesse. A ciência espera por você!