Metodologia Sci2Biz traz inovação em trabalhos da ECT

Escrito por: Vitória Lago | Publicado em: 4 de outubro de 2022

A busca por difundir a cultura da inovação no ambiente universitário e qualificar os processos de aprendizagem são constantes e trabalhadas de formas diversas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Combinando metodologias ativas de ensino, baseadas em projetos, com tecnologias voltadas à ciência-empreendedora, tais como Design Thinking e Scrum, a Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) vem aplicando com sucesso a metodologia Sci2Biz: da Ciência aos Negócios Tecnológicos.

Professora da ECT e autora da metodologia, Zulmara Carvalho aplica a Sci2Biz desde 2017 em suas disciplinas e, nesse mesmo ano, trabalhos de seus alunos foram submetidos e aprovados em eventos de inovação pelo país. “O primeiro envolvendo a iniciação à docência foi aprovado no 8th International Symposium on Technological Innovation e, desde então, há publicações envolvendo os alunos da iniciação à docência, todos os anos’’, comenta. Mais recentemente, na disciplina de Gestão de Economia da Ciência, Tecnologia e Inovação (GECTI) para o curso de Ciências e Tecnologia (C&T), 24 projetos produzidos com temas inéditos e englobando todas as etapas da componente curricular foram aprovados no III Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia (CoBICET).

Zulmara explica que a Sci2Biz promove uma otimização de esforços, associada a qualificação de ensino e de aprendizagem. A retenção histórica das turmas de GECTI gira em torno de 30%. Porém, entre os alunos que seguem o componente curricular, há significativa qualificação do aprendizado, quando comparado com metodologias tradicionais das turmas anteriores a 2017. “Tanto na iniciação a docência quanto na docência assistida, eu semeio o acreditar em si e o desenvolvimento de soft skills, como liderança, resiliência, gestão de pessoas, trabalho em equipe e adaptabilidade. É uma alegria identificar que os egressos da equipe de GECTI têm conquistado espaços diferenciados tanto no meio acadêmico quanto no mercadológico”, comemora.

Com grande destaque nas composições aceitas no III CoBICET, a mestranda em Engenharia de Materiais Pâmela Raffaela escolheu para seu estágio obrigatório de docência assistida atuar em GECTI, disciplina a qual já foi monitora, evidenciando a apropriação das estratégias de ensino-aprendizagem de sua iniciação à docência. “Minha pesquisa do mestrado engloba parte do assunto que é estudado na disciplina e desde que tive contato com a matéria entre os anos de 2015 e 2019, tive afinidade, pois sempre achei os assuntos abordados interessantes, além da importância para qualquer área profissional’’, esclarece Pâmela.

Ainda entre os atuais bolsistas de iniciação à docência no acompanhamento dos trabalhos, destacam-se Francisco Daniel, Nathalia Gabrielly, Lucas Eugênio, Débora Raíssa e Naiara Nunes, todos graduandos de cursos diversos. Naiara atualmente cursa Engenharia Mecânica e considera a área empreendedora muito importante, independente da engenharia. “Meu trabalho depende da disciplina em que atuo, penso nos temas que estão mais em alta no mercado e defino eles para os meus grupos. Em Matemática Financeira, por exemplo, os alunos escolhem seus temas e depois eu oriento as pesquisas de acordo com o que os professores pedem como objetivo da disciplina. Tento pesquisar sobre o assunto que estão tratando para ter mais ideias e ajudar de forma mais eficiente’’, pontua Naiara.

Já para Francisco Daniel, atualmente na Engenharia da Computação, fala a respeito da iniciação à docência e em como os bolsistas dividem suas funções: “Cada monitor fica responsável por um número X de equipes para dar suporte. Nós, alunos de iniciação à docência, somos extremamente integrados com nossas ocupações. Buscamos ajudar uns aos outros quando há maior familiaridade com determinadas ferramentas que nos auxiliam no desenrolar dos projetos,’’ explica Francisco.