Serviço de Psicologia Escolar e Educacional da ECT está de sala nova

A psicóloga Maria Luiza fala sobre a mudança de sala do setor e como funciona o atendimento do SPEE
Escrito por: Camila Pinto | Publicado em: 23 de maio de 2022

Tomar decisões quanto ao caminho profissional que deseja seguir, organizar uma rotina de estudos entre outras habilidades necessárias aos estudantes, principalmente da graduação, pode não ser uma tarefa tão fácil a princípio. Nesse sentido, o Serviço de Psicologia Escolar e Educacional da Escola de Ciências e Tecnologia (SPEE/ECT), atua nessas demandas, auxiliando os alunos no desenvolvimento dessas habilidades. É um serviço voltado principalmente para para o processo de ensino e aprendizagem dentro da instituição, como enfatiza Maria Luiza, psicóloga responsável pelo setor, que retornou às atividades presenciais neste semestre em sala nova.

Ela conta que por muito tempo, o SPEE utilizava salas desocupadas por professores que assumiam outras funções administrativas na instituição e que, por isso, tinham que se mudar sempre que eles retornavam. A nova sala está localizada na ala A do 3º piso do prédio da ECT, onde antes ficava a Diretoria.

A mudança foi ideia da direção da ECT e Maria Luiza explica que isso melhorou muito o funcionamento do setor. Com um espaço maior, ficou mais fácil conciliar as atividades da psicóloga com a dos bolsistas de forma simultânea, o que não acontecia antes. “Agora a gente tem uma sala de apoio (SPEE), onde os bolsistas podem trabalhar ao mesmo tempo em que eu estou aqui com alguma atividade de análise dos instrumentos de orientação profissional, de relatório, ou mesmo os agendamentos, preparando os planos individuais de intervenção”, comenta Maria Luiza.

O que faz o SPEE?

O SPEE é voltado a tudo que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem e às relações interpessoais dentro da instituição e no contexto acadêmico. No geral, são atendidas diversas demandas, como, por exemplo, organização da rotina de estudos, orientação profissional, intervenções no processo de ensino aprendizagem, além da realização de avaliações institucionais. Algumas dessas demandas são relacionadas a necessidades educacionais específicas, nas quais o serviço atua em parceria com a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade. Os atendimentos realizados com público, que vai de estudantes a professores da ECT, podem ser feitos por meio de encontros individuais ou em grupo, como ocorre nas oficinas, que voltam a ser ofertadas neste semestre, e nos programas disponibilizados pelo SPEE e que atualmente são dois: o Programa de Organização e Rotina de Estudos (POR) e o Programa de Orientação Profissional (POP).

O POR ajuda a capacitar os estudantes para que consigam se organizar e criar uma rotina de hábitos de estudo. Dessa forma eles conseguem ter um maior aproveitamento durante os seus estudos e melhor rendimento durante a sua trajetória acadêmica. Essa tem sido a principal demanda do setor. O atendimento é feito inicialmente em oficinas em grupo e depois, por meio de atendimentos individuais.

Já o POP tem como objetivo, auxiliar os estudantes na tomada de decisão, tanto em relação ao curso, quanto à carreira profissional e acadêmica que desejam seguir. Essa é a segunda maior demanda por parte dos alunos, dada a característica do curso de Ciências e Tecnologia que oferece diversas possibilidades. “Ao longo da carreira acadêmica vão vir propostas de emprego, algumas situações em que ele (estudante) vai ter que tomar uma decisão em relação à profissão. A gente trabalha a questão do autoconhecimento, o conhecimento das profissões e a cada encontro a gente vai trabalhando o desenvolvimento dessa habilidade que eu mencionei [fazer escolhas, tomar decisões]”, explica a psicóloga. Os encontros também acontecem em grupo, ao longo do semestre.

Um ponto importante que Maria Luiza enfatiza sobre o serviço prestado pelo SPEE, é que eles não trabalham com atendimento de psicologia clínica para os alunos, mas voltados, especificamente, para as dificuldades relacionadas à trajetória acadêmica desses estudantes. “Surgem diversas demandas, algumas nessas situações específicas, mas o nosso trabalho não é de psicologia clínica, é um outro tipo de acompanhamento, que em alguns casos encaminha e a gente vai trabalhando em paralelo com o aluno aqui”, esclarece a psicóloga. No entanto, é comum que alguns estudantes procurem ajuda no SPEE para situações que exigem atendimento clínico, como, por exemplo, quadros de depressão e crises de ansiedade. Nesses casos, é feito um encaminhamento para serviços e profissionais especializados como o Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA) ou a Diretoria de Atenção à Saúde (DAS/UFRN), no caso de alunos prioritários. Outros podem ser encaminhados para atendimento por meio de planos de saúde, se houver, ou para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Como realizar agendamento

Para aqueles que desejam buscar atendimento no setor, há duas possibilidades de agendamento, a depender do tipo de serviço ou atividade procurada. Para participar do POP e do POR, são disponibilizados formulários, divulgados no SIGAA, redes sociais e canais de comunicação da instituição, que ficam abertos até o preenchimento das vagas disponíveis. Já para as demandas gerais, relacionadas a necessidades educacionais variadas, tanto de docentes quanto dos estudantes, o agendamento pode ser feito através do e-mail mluizapf@ect.ufrn.br. Os encontros são marcados de acordo com a ordem de solicitação.