Projetos da ECT estão na última fase do Programa Centelha

Startups podem ser contempladas com recursos de até R$ 53.333,00.
Escrito por: Carllos Delfino | Publicado em: 10 de novembro de 2022

O universo das startups é muito abrangente e responsável por lançar muitas pessoas no cenário do grande mercado tecnológico. O programa Centelha vem com a proposta de ajudar criadores que possuem a missão de transformar vidas através da ciência e tecnologia. No último dia 25 de outubro, 11 projetos da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da UFRN, em sua maioria ligados ao Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PPgCTI), avançaram para a terceira fase do Programa Centelha.

Intitulada “Projeto de Empreendimento”, é nessa fase que avalia-se o potencial de mercado e plano de negócio das propostas aprovadas, de acordo com os critérios em relação aos projetos de desenvolvimento de produtos (bens e/ou serviços) ou processos inovadores, entre eles o fornecimento de valor do produto, grau de inovação, nível de domínio das tecnologias envolvidas, investimentos necessários, capacidade técnica e gerencial da equipe, bem como o modelo de negócio como um todo.

Luis Gustavo Ferreira é idealizador do projeto Aerador hidráulico à vácuo, que visa desenvolver um aerador hidráulico com a intenção de promover oxigenação em tanques de cultivo de peixes e camarões e já foi finalista do programa Centelha no ano de 2019. Para ele, tanto o primeiro processo como o atual são fundamentais para o entendimento do mercado e a realidade das demandas sociais. “Tem sido um avanço gradativo. Temos confiança e tranquilidade para prosseguir com a startup independentemente se contemplados ou não com recurso. Estamos mais competitivos do que em 2019 e temos mais chances de sermos contemplados desta vez”.

Outro projeto aprovado é o Software de estimativa de pose e análise de movimento para exercícios, idealizado por Leandro de Souza e que faz uso de inteligência artificial e machine learning para suprir a necessidade de pessoas que malham em condomínios ou mesmo fazem fisioterapia em situações em que não há profissional presente para avaliar se o exercício está correto ou não. Com ele, o usuário recebe um feedback de suas atividades em tempo real ou ainda instruções prévias de como realizar um determinado exercício. “Oportunidades como essa servem como uma mensagem para os alunos, de que é possível a partir do conhecimento romper a barreira da universidade/mercado”, comemora Leandro.

Contemplada em outros editais como o Catalisa ICT e o Startup Nordeste, a startup potiguar Ortech, fundada por Maria Eduarda Franklin, também está na fase final do Centelha. A Ortech cria sistemas de alta complexidade para simplificar o fluxo de trabalho das instituições fisioterapêuticas e também automatizar o processo da reabilitação dos pacientes e está cada vez mais próxima de seu objetivo de revolucionar a indústria de equipamentos fisioterapicos globais. “Programas de fomento à inovação, tecnologia e passagem ao mercado são extremamente importantes tanto para gente quanto para o ecossistema de inovação em geral, porque ajuda a alavancar em níveis de fomento e conhecimento as empresas e melhora o que a gente tem pra oferecer”, finaliza Maria Eduarda.

A terceira e última fase terá seu resultado divulgado no dia 21 de dezembro, onde os 25 projetos selecionados serão contemplados com R$ 53.333,00 em subvenção econômica, não reembolsável, oferecidos pela FNDCT/FINEP e SEBRAE.

Confira a lista de projetos da ECT selecionados na segunda fase Edital Centelha – RN:

Aula Zero – Educação Inteligente

Responsável: José Marcílio Furtado Jucá (Ênfase de Negócios Tecnológicos)

Área: Inteligência Artificial e Machine Learning

InSystem: insumos farmacêuticos otimizados

Responsável: Ádley Antonini Neves de Lima (inPACTA)

Área: Química e Novos Materiais

Sci2Biz Digital Living Lab – Ensino e Aprendizagem Eficientes

Responsável: Zulmara Virgínia de Carvalho (Professora do PPgCTI)

Inteligência Artificial e Machine Learning

Aerador hidráulico à vácuo, a nova contribuição para aquicultura do RN

Responsável: Luis Gustavo Ferreira Braga (Discente do PPgCTI)

Área: Automação

TATA: Filtro à base de biomassa vegetal biodegradável

Responsável: Ana Keila Queiroz da Silva (Discente do PPgCTI)

Área: Inteligência Artificial e Machine Learning

Do campo à Mesa: Sistema de Comercialização e Logística

Responsável: Francisco Belarmino de Macedo Neto (Discente do PPgCTI)

Área: Inteligência Artificial e Machine Learning

Ortech: Sistema de Eletroestimulação Inteligente

Responsável: Maria Eduarda Franklin da Costa de Paula (Discente do PPgCTI)

Área: Internet das Coisas (IoT)

LanceGov: Tecnologia acessível com foco em compras públicas.

Responsável: Ívina Mariana Duarte Marinho e Silva (Discente do PPgCTI)

Área: Tecnologia Social

Unbrecake: Invólucro anti-impacto e inercial para alimentos frágeis

Responsável: Celine Helena Abrantes de Andrade (Ênfase de Negócios Tecnológicos)

Área: Mecânica e Mecatrônica

Software de estimativa de pose e análise de movimento para exercícios

Responsável: Leandro de Souza Rodrigues (Egresso de C&T)

Área: Inteligência Artificial e Machine Learning

Speech Tech

Responsável: Larissa Gabriely Nogueira

Área: Inteligência Artificial e Machine Learning